Treze casos suspeitos da varíola dos macacos são investigados em cidades do Centro-Oeste de Minas, conforme atualização divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (8). São cinco casos a mais que no boletim anterior, atualizado na última sexta-feira (5). O primeiro caso da doença na região foi confirmado em Bom Despacho.
As cidades em que os casos são investigados são: Bom Despacho, Candeias, Divinópolis, Itaúna, Lagoa da Prata, Nova Serrana, Pará de Minas, Pompéu e Santo Antônio do Monte.
Confira abaixo as informações sobre os casos na região:
Cidade | Suspeito | Confirmado | Descartado | Notificações |
Bom Despacho | 1 | 1 | - | 2 |
Candeias | 1 | - | - | 1 |
Divinópolis | 2 | - | - | 2 |
Itaúna | 1 | - | - | 1 |
Lagoa da Prata | 2 | - | - | 2 |
Nova Serrana | 2 | - | - | 1 |
Papagaios | - | - | 1 (mora fora do país) | 1 |
Pará de Minas | 2 | - | 1 | 3 |
Pompéu | 1 | - | - | 1 |
Santo Antônio do Monte | 1 | - | - | 1 |
1º caso confirmado na região
A Prefeitura de Bom Despacho divulgou no dia 3 deste mês, que o caso suspeito investigado na cidade teve resultado positivo para a doença. Desde semana passada a Secretaria de Saúde do município acompanha o paciente de 42 anos. É o primeiro caso confirmado da doença no Centro-Oeste de Minas.
O homem está estável e em isolamento domiciliar; as equipes de saúde seguem monitorando o caso.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto por meio da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva;
Situação no estado
Até as 18h desta segunda-feira, 011 casos da doença foram confirmados em Minas Gerais. Outros 191 casos foram descartados, 331 são suspeitos e 4 casos foram classificados como prováveis.
Um caso confirmado para Monkeypox que estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clinicas graves evoluiu para óbito no dia 28 de julho. Trata-se de um paciente de 41 anos, do sexo masculino, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas.
A SES-MG informa que, até o momento, os demais casos confirmados são todos do sexo masculino, com idades entre 21 e 55 anos, em boas condições clínicas.
Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados pelas Secretarias Municipais. Até o momento, apenas o município de Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária.
Ainda de acordo com a pasta, demais dados quanto aos casos não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP).