Minas Gerais investiga dois casos suspeitos de hepatite aguda em crianças de menos de 2 anos. Os registros foram notificados em Belo Horizonte e Juiz de Fora. A causa da doença é desconhecida.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), os casos foram informados ao Ministério da Saúde.
“Os principais sintomas relatados foram dor abdominal e vômitos, acompanhados de alterações de enzimas hepáticas”, diz a pasta, em nota. Os pacientes também estão em acompanhamento.
Até o momento, além dos registros em Minas, seis casos estão no Rio de Janeiro, outros seis em São Paulo e dois no Paraná. Três suspeitas estão sendo analisadas em Espírito Santo, Pernambuco e Santa Catarina.
De acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1º de maio, pelo menos 228 casos já tinham sido confirmados em 20 países. Outros 50 estavam em investigação.
Quando não tratada, a hepatite aguda grave pode se tornar uma doença crônica, levar à cirrose ou insuficiência hepática, gerando a necessidade de transplante de fígado, já que o corpo não consegue sobreviver sem o órgão.
Os sintomas comuns influem fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, dor abdominal, urina escura, fezes claras e dores nas articulações.
Outro sinal importante da doença é a icterícia – quando a pele e o branco dos olhos ficam amarelos.
A hepatite geralmente é rara em crianças, e os especialistas já identificaram mais casos no surto atual do que normalmente esperariam em um ano.
O que intriga é que nenhum caso até agora deu positivo para os vírus típicos da hepatite A, B, C, D e E, que geralmente causam a doença.
Os casos são de “origem desconhecida” e também graves, segundo a Organização Mundial da Saúde. Há relatos de algumas mortes de crianças relacionadas à doença e pelo menos 18 transplantes de fígado.
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